quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A solidary help

O último dia fora do país (nessa viagem, claro) foi um tanto estranho. O que menos me apareceu foi Equatoriano. De manhã, topei com duas brasileiras no escritório de um cliente. Conversamos por muitas horas.

Minha tarde agradavel foi no Aeroporto de Quito. Bem antigo, sem muita estrutura nem segurança. Pede uma reforma. Algumas horas entediado lendo e-mails antigos (não tinha internet sem-fio no saguão do aeroporto) e me aparece uma distinta senhora perguntando, em ingles, se poderia sentar-se ao meu lado. "No problem at all".

Claro, eu não só tenho síndrome de Padre, como cara de bonzinho. A mulher começou a puxar assunto, dizendo que é Sul-Africana e veio sozinha para o país, a passeio. Noção de espanhol: Zero. Conhecidos no país: Zero. Referências: Zero. Numero de embaixadas Sul-Africanas no Equador: Zero. Como já era de se esperar, a dona foi roubada e não tem nem dinheiro, nem passaporte. "So, lady, what would you like me to do to help you?". Sim, ela queria dinheiro. Mais bem colocado, a "solidary help". Apertei a senhora até saber onde ia a veracidade da história e acabei ajudando a ela comprar uma passagem de ônibus (sim, isso mesmo) até Lima, onde fica a embaixada mais próxima da África do Sul. Ainda coloquei um bilhetinho com o Nome do Bairro que ela deveria ficar em Lima, o nome de um hotel e meu e-mail. Muito bom samaritano eu.

Feito o Check in, ouço: "Ah, Mr., can I get a little help over here?". Um surfista americano com uma prancha de longboard. Hoje é dia. Ele só queria umas instruções.

Como já dito acima, amanhã já estou no Brasil. Assim, o Blog perde momentaneamente sua utilidade. Devo voltar a viajar em breve e é muito provável que eu volte a postar. Passou rápido, certo? E foram quatro semanas...

Fica aqui o muito obrigado pelos que me acompanharam e, embora virtualmente, me permitiram sentir em casa. No fim das contas, o conceito de casa acaba mudando. A minha, hoje, se chama América Latina.

Amanhã, pra variar, o dia é corrido. As 22h estou na Rua da Lama, matando a saudade da Ilha.

Zardo, despierto, às 18h28min de Quito. Aguardando a hora de embarque.

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