sábado, 1 de agosto de 2009

El pueblo Paisa

De colonização européia, é possível dizer que a cara do povo de Medellín é bem diferente do resto da Colombia. Aqui, pessoas altas, brancas, loiras e etc não são incomuns. Eu, apesar de estar branco de uma maneira jamais vista, me misturo bem a primeira vista. O povo tem um jeito festeiro, efusivo de falar, fala muito, gesticula demais, é extremamente carinhoso. Não preciso dizer que isso é herança italiana pura, portanto, me sinto em casa por esses lados.

Aqui, o tradicional rock de fim de semana se chama 'Rumba'. Rumba pode ser muitas coisas, de dançar musica cubana a ir a uma boate rebolar ao som de reggaeton. Aqui no bairro de Laureles, onde fica o hotel, a musica começa as 19h e parece sempre uma grande festa. Dessa vez acontece mesmo uma festa maior, chamada Feria de las Flores. Um evento folcórico que envolve vários acontecimentos, que merece mais detalhes se for de seu interesse. Assim, não vou explicar a festa, já que a prefeitura pagou para alguem fazer isso no site oficial.(http://www.medellin.gov.co/alcaldia/jsp/modulos/V_medellin/index.jsp?idPagina=1136)

Meu sábado começou as 4 e 30 da manhã, e melhorou bastante as 10h, quando cheguei à cidade. Apesar de o povo aqui estar passando mal de calor, 27 graus no verão é motivo para usar moletom em Vitória. Depois do anoitecer, cai para 19 graus e fica sensacional. Já coloquei e-mails em dia, dormi bastante, é hora de procurar fazer a primeira refeição honesta do dia. E já que mencionei a palavra honesta, elas aqui são fenomenais. Pelo menos uma boa caminhada até uma lanchonete é merecida para observar as honestas paisa.

O 'Paisa', apelido para o antioqueño de Medellín, é um sujeito gente boa na maioria das vezes, mas tem que se estar com paciencia pra conviver com ele. Fala muito, gosta de contar vantagem e tem um sotaque que as vezes irrita. 'Pues' aqui é usado no lugar de exclamação, o tempo todo. Há de se reconhecer que até 1995 a cidade era dotada de criminalidade e governada em parte pelos cartéis. A 'ordem pública' (termo esdrúxulo, mas ta valendo) é bem melhor mantida nos dias de hoje. Isso explica em parte o Orgulho Paisa, que também é fortalecido pelo recalque gerado pela fama de enrolados que eles têm em Bogotá. São mesmo, confesso.

Não sei quem inventou isso de não trabalhar no fim de semana, mas foi um gênio. Claro, em tempos de crise a gente desobedece um pouco a regra, mas tá legal.

Notas:
-Comprar uma camisa manga curta.
-Comprar passagem Bogotá.
-Reservar Hotel Lima.

Zardo, despierto, às 20h de Medellín. Indo para a rua.

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