sexta-feira, 7 de agosto de 2009

San Juan de Lurigancho

Eu subestimei o frio desde lugar. A corrente Humboldt realmente esfria essa cidade da costa do pacífico. Pela manhã o taxista já estava me esperando. Sujeito gente fina, segundo dia e já me contou a vida toda, inclusive comenta sobre os problemas de casamento e quer ajuda para entender porque as mulheres são tão ciumentas e complicadas. Que coisa. Acho que ele não anda se aconselhando com a pessoa mais madura ao redor.

A grande descoberta do dia é que algumas marcas como Hurley, Tommi Hilfinger e Rip Curl têm suas fábricas aqui. Sim, por 20 reais se compra uma boa Hurley ou Rip Curl aqui. Sensacional.

Pude caminhar mais pelo distrito de Miraflores hoje. Quem me conhece bem sabe como é meu senso de direção. Me perco em guarapari e em jardim da penha. Felizmente, consegui ir e voltar do Hostel várias vezes, graças aos Cassinos que são ótimas referencias. Há praças bem ornamentadas, com luzes e fontes, prédios antigos reformados, muitas lanchonetes e lojinhas de artesanato e souveniers. San Isidro é um lugar também bonito, em detrimento de San Juan de Lurigancho, zona industrial a que fui ontem.

O transporte público é muito interessante, é um onibus pequeno e velho abarrotado que anda de porta aberta com um peruano dependurado gritando um monte de coisa incompreensível. São o nome dos bairros, em alguns dias você passa a entender.

Hoje bodei as 17h. O cansaço bateu forte. Já não sou mais um menino, as dores pelo corpo se espalham. Acordei há pouco e me entupi de Donuts. As viagens são interessantes, mas nas sextas-feiras você se sente um prisioneiro das FARC. Espancado, cansado e longe da família e amigos no fim de semana. As 22h de uma sexta-feira, você olha no relógio e ninguém te ligou chamando pra ir ao Centenário, Rua da Lama ou Triângulo. Você sabe que Sábado em viagem também se acorda cedo e se trabalha. Até domingo se trabalha. Mas, não é ruim. Sempre sobra um tempo para conhecer a cidade. Funciona bem para quem é curioso e não liga muito para ficar sozinho.

Segunda-feira volto a Guayaquil. Quinta-feira, Vitória. Saudade de sentar numa mesa na calçada, tomar uma Brahma gelada, conhecer umas 30 pessoas do rock. Saudades dos amigos e das gatas. Passa rápido...

Zardo, despierto, às 22h19min de Lima.

2 comentários:

  1. quemv e vc falando que sente dores pelo corpo vai pensar que vc é um velho de 70 anos!
    Se bem que o véi Romer ta mais em forma que eu e vc juntos! aahahaahah
    ficar sozinho e longe da família não deve ser fácil, mesmo conhecendo lugares diferentes, tudo fica melhor acompanhado!

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  2. Brunovisk,
    Tomada devidas proporções, eu tive o mesmo problemo no canada. No ônibus, o cara a todo instante falava umas palavras, pelo sistema de autofalante, que eu não entendia e sempre uma palavra diferente...com o tempo fui perceber que era o nome da rua que se aproximava...hehehe!
    Estamos todos com saudades!
    Valeu!

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