domingo, 2 de agosto de 2009

El Poblado

Um domingo de marajá. Acordei as 8h, tomei café da manhã, fui ler um pouco na cobertura do hotel, deitado em uma espreguiçadeira. Mandei um cochilo de uma hora, acordei, malhei, fiz uma sauna, tomei banho e fui para o shopping. Leite com pêra.

Para aclimatar ainda mais meu dia de nobreza, fui ao centro comercial El Tesoro, localizado no bairro mais elite da cidade, El Poblado. Simples, os ricos subiram uma colina e resolveram construir tudo que eles precisam lá: moradia, escritórios e um grande centro comercial com supermercado e parque de diversões. Tudo isso com vista privilegiada para o resto da cidade. O bairro é um grande camarote, venta bem, quase não faz calor. É claro que você pode ir ao shopping se você não tiver carro, é só pagar um taxi, pois ônibus não sobe lá.

Incrivelmente, o que suspeito que seja resultado das orações da minha mãe, é o segundo domingo que passo em Medellín e o segundo que vou a missa, sem planejar. Em abril, acabei em uma missa de domingo de ramos celebrada em uma tenda próxima ao Metro Cable. Dessa vez, quando cheguei ao shopping, ao meio dia, começava uma missa justo no caminho para a praça de alimentação. Toda a praia do canto (ops, El Poblado) estava ali reunido. Eu me senti na Igreja de Santa Rita, com belas familias, bem-vestidas e cheirosas, madames muitíssimo católicas e senhoras lotadas de maquiagem. A homilia era sobre a família e a caridade. Acho que a doutrina geral da igreja católica para a América Latina no momento deve ser a mesma.

Uma volta pelo shopping e algumas surpresas. Marcas brasileiras aqui são muito valorizadas, como Melissa e O Boticário. O preço chega a ser absurdo. A maior surpresa, no entanto, foi na livraria, quando vi que o livro mais vendido do mês é de ninguém mais, ninguém menos que o mago brasileiro Paulo Coelho.

Não quero ser repetitivo, então não vou falar das mulheres de Medellín. Fecho o foco nas fêmeas do Poblado. Eu colocaria um uniforme do Sacré-Coeur em qualquer uma das novinhas e uma pastinha da FDV nas universitárias e levaria pra Vitória. Ninguém ia perceber que não nasceram ali. Isso, é claro, é um elogio às capixabas de alta-renda. Lindas, é claro, mas quem me conhece bem sabe da minha predileção pelas 'morenas de la costa'. Para contemplar bem a classe, cito meu amigo e gênio Surica: "Rapaz, eu gosto das mulheres".

Me restam apenas três dias na Colômbia, o que já me deixa triste. Espero voltar em breve. Quarta-feira sigo para Lima, Peru. Segundo relatos, uma cidade suja, fria e nebulosa. Bem, como o propósito é trabalho e não férias: Gotham city, aí vou eu.

Para vocês que estão cansados da frieza aparente desse blog pálido - e dos relatos pouco eloquentes, que suspeitosamente ocultam detalhes sórdidos que eu, certamente, no auge de minha descrição, não compartilharia na rede - Sim, para vocês que preferem a minha descrição dotada de suspense, detalhes e muitos gestos, chego a Vitória em 13/08, por volta das 13h. (não, não é uma sexta-feira).

Uma boa semana à todos.

Zardo, despierto, às 15h45min de Medellín. Indo organizar a agenda da semana.

2 comentários:

  1. Brunão,
    Ou ninguém lê seus posts ou não gostam de comentar...hahahha....sensacional.
    Escreva um livro...já já arrumarei um título eloquente.
    Sds. Tricolores,
    PH Magliano

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  2. ei eu leio todos os seus post!
    e eu acho a cena da igreja santa Rita a maior hipocrisia, prefiro nem comentar!
    Além de achar a igreja de JC mil vezes mais limpa e bem conservada, agora que eles foram fazer uma reforna na santa rita, da ultima vez que fui lá, o lugar de se ajoelhar era mais sujo que a calçada da rua, fiquei perplexa!
    e bem, eu não uso uma pasta da FDV
    rs

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