quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Look: Airport, Hotel, I take!"

Minha tese é de que o cérebro humano é mais criativo depois de sujeito à muitas horas de stress e sem sono. Pelo menos o meu. Noite passada dormi de 1h às 4h, peguei o vôo Medellín-Bogotá, trabalhei todo o dia em Bogotá e a noite embarquei para Lima. Não dormi nada no vôo porque passou Dragon Ball Evolution. Impressionante como conseguiram fazer daquele peculiar desenho animado japonês um filme enlatado estilo power-rangers de 90 minutos de duração. Claro, não pisquei um minuto, recomendo muitíssimo. Só artistas de primeira linha.

Uns comentários sobre o dia em Bogotá:
1. Experimente Waffles com syrup, manteiga e ovo frito pela manhã. Não existe nada melhor.
2. A Shakira tá na TV o tempo todo, pelada no clipe novo, bombando nas paradas de todo o mundo, e a pergunta é: "Shakira bien representa al artista Colombiano?"
3. Lugar frio é demais. Não precisa de banho. Sentirei falta.
4. Vou sentir muitas saudades da Colombia.

Cheguei em Lima às 23h. Às 00h minhas malas ainda não tinham aparecido. O aeroporto precisa de melhoras. Logo na saída, o fenômeno americano. Impressionante como aqui as pessoas olham pra minha cara branca e fazem o máximo esforço para falar inglês. Na fila da aduana, na casa de câmbio, e por fim, claro, na fila do taxi. Assim que saí com as 4 malas apareceram 3 senhores de terno se oferecendo como taxista. Fiquei calado, um, muito pro-ativo, tirou um mapa plastificado do bolso e apontou: "Look, Airport, Hotel. I take. Ten dollars." Imagino que um americano deve se achar muito estúpido ao ouvir uma performance dessas. Claro, diante dessa situação, mil respostas vieram à minha cabeça. Escolhi a mais prática, que foi: 'Jaja, hermano, te equivocaste, no soy americano, voy con el tipo acá que me llamó primero.' Escolhi dessa vez um que tinha um crachá que dizia TAXISTA AUTORIZADO. Até fatura o sujeito me deu. Claro que não faltou americano pra cair no golpe do "I take", tinha até uns com prancha de surf.

Vim parar em um hotel até legal, mais tradicional (é, velho!). Pelo menos o tal bairro é o que dizem mais seguro de Lima. Miraflores. Aqui a jogatina é liberada, vi no caminho pelo menos uns 15 cassinos. Apesar de boas intalações, o quarto do hotel tem um problema: O cheiro do carpete me faz lembrar minha cachorra. Não vou aguentar de saudades. Amanhã, aquele velho esquema da lista telefônica e bateria de chamada pros hotéis. Devo ficar pelo bairro mesmo, no entanto.

Amanhã, correria. Como eu gosto dessa loucura. É uma pena que não posso sair de botas e cantil.

Zardo, despierto, às 2h de Lima. Indo dormir sujo.

Um comentário:

  1. não acredito que vc acha que a Pandora cheira como carpete velho!
    ahauahauhauahauha
    que bom que dessa evz tinha um taxista honesto, ou pelo menos, autorizado!

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